Helena Wester, colega do Batuque no Coreto, deixou o seguinte comentário:
Mauro, vou usar aqui uma frase do livro "Alma Imoral" sobre solidão.
"Solidão é a ausência de si mesmo".
Libertdade temos o tempo todo. É uma questão de administração.
Acho muito bom refletirmos sobre um tudo...
Helena
Que bom, Helena, esta troca de idéias a partir dos nossos textos. Já valeu a pena criar o blog.
Durante a minha adolescência a sensação de solidão me incomodava muito. recentemente eu passei a entender que inevitavelmente somos todos sós, entendendo a solidão como a ausência da segurança da proximidade de qualquer outra pessoa que teria o papel de nos ser complementar. A frase do livro "A Alma Imoral", que você cita, é sensacional, pois é uma conclusão a qual podemos chegar, a partir de todo este papo.
Não existe tal complemento. Ou melhor, ele pode existir apenas dentro de nós. E isto que chamo de liberdade pode ser a sensação de iniciar, sem permitir que nos travem, a busca deste ser mais importante das nossas vidas: nós mesmos. O bem-estar vem da descoberta de um caminho qualquer. E realmente a temos (a liberdade) o tempo todo. É questão de perceber e decidir administrar.
Obrigado pela ajuda. Foi uma luz para organizar melhor minhas idéias. Pode ser óbvio para muitas pessoas, mas não para mim.
Tudo isto torna o ser humano bastante interessante. Cada um se forma sobre o proveito que tira de suas experiências. Somos maduros em determinados aspectos, e infantis em outros. Somos geniais e idiotas.
Humanos. Extremamente humanos.
Vejo a solidão como ausência de Deus em nossas vidas, somente através do íntimo relacionamento com ele seremos preenchidos. Somos partículas do grande criador, por tanto é necessario conhece-lo é necessário que o pingo d'agua encontre o mar. como disse Gil: "Se eu quiser falar com Deus tenho que comer o pão que o diabo amassou"
ResponderExcluirou "é preciso aprender a só ser".
Te amo,
Leninha
Se eu quiser falar com deus
ResponderExcluirTenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar
Gilberto Gil