As pessoas já voltam a circular nos bairros próximos da Vila Cruzeiro. Eu, num ato de coragem e resistência, seguindo os conselhos do senhor Governador Sérgio Cabral, estou mantendo minha rotina.
A vida segue quase normal. Fiéis continuam subindo de joelhos as escadarias da Igreja da Penha. Só que, agora, com as mãos na nuca.
Fui à feira em Vista Alegre. Tião, o flanelinha, estava vestido com calças e boné caqui, camiseta vermelha: -“Vai mais à frente e volta de ré! Isso! Deixa solto”. – E completou – “Dois real! Mas fica tranqüilo! Qualquer coisa eu apago!”– E me mostrou com orgulho um extintor de incêndio.
Voltei para casa quase na hora do almoço. Abri a porta e ouvi uma série de estouros. Perguntei aborrecido: - “Filha, fazendo pipoca antes do almoço?” – Coitadinha. O barulho era só um tiroteio no final da rua.
Em frente à varanda do meu apartamento volta e meia passa o Globocop. A vizinhança, feliz, fica acenando. Alguém até mostrou uma faixa: “Mãe, tô vivo e tô na Globo!”
Ontem o evento foi animado lá na Penha. Se você não mora no bairro, sinto muito, mas perdeu. Se você mora, PERDEU! PERDEU!
Foi boa essa leveza no texto pra descontrair,gostei.
ResponderExcluirHAHAHAHA adorei tio, me diverti.
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