terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Até Que Nem Tanto Esotérico Assim..."

Outro dia eu estava lendo sobre chakras, centros de energia situados em nossos corpos mais sutis que o físico. Por eles entram as energias que vem dos níveis superiores de manifestação da vida.

Passeando na manhã ensolarada do último domingo fui até a Praça São Salvador. Fiquei ouvindo o chorinho tocado no coreto, vendo as pessoas que se cumprimentavam ao se encontrar, as crianças que brincavam, os idosos que passeavam, alguns em cadeiras de rodas, as belas mulheres que aqueciam suas peles nos raios de sol por entre as folhagens das árvores. Alguns amigos do Batuque no Coreto que foram chegando, um a um, sem combinar, e que começavam a pensar numa possível roda de samba, depois da seresta que aconteceria após o chorinho.

Contaram que um temporal caíra no início da madrugada, dispersando a música em torno de um violão que rolou após o Samba Salvador, que terminou, como sempre, exatamente às dez da noite, em respeito aos moradores que desejam silêncio.

Aquele lugar tem o dom de fazer bem a quem o freqüenta. Passei por lá uma noite, meio por acaso, para confirmar se havia mesmo uma roda de samba por ali. Sim, havia.

Cheguei, permitiram-me tocar minha cuíca e eu me senti muito bem. Desde então virei um freqüentador assíduo.

Alguns colegas perguntam se eu não acho a praça longe demais da minha casa. Eu respondo que não. Assim como não considero distante a Beija-Flor de Nilópolis.

Longe, muito longe, fica a agência da Caixa Econômica, na esquina da minha rua. Detesto ir lá.

A Praça São Salvador é diferente. Simples, bonita, gostosa. Logo ali.

Sim, definitivamente ela é um chakra da nossa cidade.

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