segunda-feira, 16 de maio de 2011

O mundo passa por mim todos os dias, enquanto eu passo pelo mundo uma vez

Acordei antes das cinco da manhã , depois de uma das melhores noites de sono da minha vida. O som do vento trazendo a chuva que batia forte na janela do meu quarto me fez despertar antes mesmo que o despertador tocasse.

Amanheceu de uma maneira diferente dos últimos dias.  O céu estava vivo, as camadas de nuvens baixas correndo de um lado para outro, ao sabor dos ventos. Diversos tons de cinza que em colunas de chuva que se estendiam até o chão,visíveis no horizonte. Como diria Haroldo, morador da Praça São Salvador: “Nunca vi tão lindo”.

As roupas que minha preguiça do dia anterior me impediu que as retirasse, já secas, do varal,  estavam encharcadas pela água da constante chuva. Bom! Elas precisavam mesmo voltar para a máquina de lavar e serem enxaguadas com um amaciante mais perfumado.

Desci até a garagem descoberta do condomínio para pegar o carro e o vento começou a brincar com meu guarda-chuva, impedindo que eu o sustentasse sobre meu corpo para me proteger da chuvisco que dançava ao sabor do vento brincalhão.

Dias chuvosos no Rio de Janeiro são dias de frota completa no asfalto. Todos tiram seus carros da garagem e vão às ruas. Aproveitei o engarrafamento para bater um gostoso papo com minha filha, que temia chegar atrasada à escola. Eu a acalmei, dizendo que hoje é um dia especial e nada pode dar errado. Chegamos a tempo na escola.

Voltei para casa e aqui estou, escrevendo estas palavras para agradecer à vida por esta maravilhosa e bela manhã, anunciada ainda nos inesquecíveis primeiros minutos desta milagrosa e mágica segunda-feira, Dezesseis de Maio do Ano  Dois mil e Onze de Nosso Senhor São Salvador.

Um comentário:

  1. Celebrar a vida é muito bom, mas achar uma manhão de chuva (que frio) "maravilhosa e bela" só mesmo estando muito feliz!Que bom que esteja feliz.

    Bj

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