terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A lição nós sabemos de cor. Só nos resta aprender

“A gente ensina melhor o que precisa aprender”

A frase é do “Manual do Messias”, que sempre roubo pra mim e que, mais uma vez, se confirmou.
Mesmo sem estar nas melhores condições físicas, por necessidade e urgência, ontem fui ao dentista, de carro, no Largo do Machado, em pleno meio-dia.
Havia dias que não saia de casa, mas mesmo assim só percebi a beleza da tarde ao olhar pela janela do consultório, durante o período que estava aguardando a anestesia fazer efeito.
É impressionante como cariocas como eu permitem que o dia passe, que o estresse venha, que a correria do cotidiano e as falsas urgências tomem conta e a gente passe “batido” pelas belezas que o Rio de Janeiro oferece. Estas belezas podem nos energizar positivamente, podem trazer paz e tranqüilidade.
Saí do consultório querendo compartilhar o dia com alguém. Estava na “cara do gol”. A maioria dos meus amigos, frutos da roda de samba da Praça São Salvador, mora nas imediações de Laranjeiras.
Liguei de primeira para uma amiga que me atendeu e confessou, chorando, estar deprimida.
Apelei para a beleza do dia e a convidei para dar um passeio e bater um breve papo, na mureta em frente ao Bar Urca.
Seus instintos de reação falaram mais alto e ela aceitou. Falamos dos problemas, analisamos, fizemos uma lista de ações e intenções para que as coisas se resolvessem.
Conversamos sobre respiração, sobre ocultismo, sobre equilíbrio do corpo, da mente e das emoções.
Ao entrarmos no carro, voltando para casa, ela me pediu que lhe mostrasse um cd que eu havia gravado para ela, com diversos sambas que cantamos na nossa roda.
Coloquei o cd no aparelho e, após a primeira música, ela começou a pular algumas canções assim que começavam. Perguntei:

- Por que está pulando, não gosta?
- Estou pulando apenas as músicas tristes.

Fomos ouvindo as músicas alegres até o lugar onde a deixei e segui correndo para a minha casa, fugindo da “hora do rush”.
 Fiquei pensando nas pessoas que estão tristes e deprimidas. Como ajudá-las? Por que estão assim? Como chegaram a tal ponto?

Para cada pessoa uma solução.
Sei, contudo, que todas precisam de amor, carinho e atenção. E todas precisam comprovar o quanto são ou podem ser úteis.
Esta amiga é uma ótima companhia. Sempre me faz bem e é um prazer estar com ela.
Tomara que o Sol da Urca e o meu desejo pela sua felicidade tenham-lhe causado um bom efeito. Espero que tenha aprendido que deve fazer com os pensamentos, portais de sentimentos, o mesmo que fez com as músicas tristes: Não permitir que continuem sendo executados: - Pule-os, cancele-os. Esta é a lição que ela sem perceber me ensinou a ensiná-la.
Obrigado flor.

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