“Olá, como vai?”
Esta simples pergunta
pode ser respondida em diversos níveis de profundidade, dependendo
do grau de intimidade que se deseja alcançar.
Quase sempre banal,
dita por educação ao encontrarmos pessoas conhecidas nos
elevadores, no mercado, na praça. Obtém respostas que, em geral, seguem o padrão das palavras sem importância, mecanicamente proferidas e distraidamente ignoradas por quem perguntou.
É comum ser respondida
com um vazio “tudo bem”, na maioria das vezes, mentiroso.
Apesar de gerar tal
curiosa situação, esta pergunta, quando assim ocorre, é praticamente inofensiva. Não altera em
nada o momento, o dia ou a vida do autor ou de quem a
responde.
O drama começa quando
já houve uma intimidade maior entre as pessoas que se encontram.
Sempre fica a dúvida sobre o que realmente se está perguntando.
Você encontra o antigo
amor que já não desperta o mesmo interesse do passado, faz a
pergunta no “nível elevador”, e o outro, que sonhava com o
encontro, responde do fundo do coração. O desencontro só é
percebido no silêncio constrangedor que sucede ao mico.
Se as mesmas pessoas se
encontram e as falas se invertem, a pessoa que pergunta sente o vazio
da desilusão na resposta.
Este primeiro momento
dos reencontros dá o tom do prazer que eles podem ou não
proporcionar. Quando ocorre a sintonia, diz-se, mesmo anos após o
último encontro, com prazerosa surpresa - “Parece que foi ontem
que nos encontramos. Nada mudou.”
Quando ocorre a
dessintonia, ao contrário, muitos encontros passam a ser evitados. O
diálogo, neste caso, perde o calor e o sentido e, ao longo do tempo,
as pessoas acabam se perdendo. Sinal fechado.
Sinal Fechado
Paulinho da Viola
Olá, como vai ?
Eu vou indo e você,
tudo bem ?
Tudo bem eu vou indo
correndo
Pegar meu lugar no
futuro, e você ?
Tudo bem, eu vou indo
em busca
De um sono tranquilo,
quem sabe ...
Quanto tempo... pois
é...
Quanto tempo...
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos
negócios
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a
cem
Quando é que você
telefona ?
Precisamos nos ver por
aí
Pra semana, prometo
talvez nos vejamos
Quem sabe ?
Quanto tempo... pois
é... (pois é... quanto tempo...)
Tanta coisa que eu
tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira
das ruas
Eu também tenho algo a
dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu
preciso
Beber alguma coisa,
rapidamente
Pra semana
O sinal ...
Eu espero você
Vai abrir...
Por favor, não
esqueça,
Adeus...
adoro essa músicaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa sempreeeeeeeeeeee
ResponderExcluirAi Mauro esse grupo onde só tem homens num campo de futebol, onde vcs cantam quero morrer numa batucada. isso é preconceito, só ter homens tocando? rssssssssssssskkk só homens tocando amigo! kkkkkkk cadê as mulheres cantando e tocando? tssssssssss bjs
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